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É difícil ter um pingo de esperança para afirmar que o Cruzeiro não cai para a Série B. Diante da grandeza do clube, da história, de tantos jogadores excelentes que já vestiram a camisa celeste, de tantos títulos conquistados por anos seguidos... Como imaginar que jogadores que ganham salários monstruosos não conseguem acertar o goleiro diante de uma cobrança de pênalti? E olha que não é qualquer pênalti. É o [pênalti] decisivo. Não dá pra acreditar que o pênalti foi perdido de propósito. Não é possível uma coisa dessa.
Ainda nos primeiros meses do ano, o Cruzeiro já vinha caindo assustadoramente sem nenhum respiro de recuperação. Sem nenhum fôlego para o torcedor que lota o Mineirão numa noite chuvosa, horário tarde, no meio da semana. A torcida está desacreditada, triste, angustiada e ainda sim tem dado o apoio nos jogos. Não me refiro, nem justifico os baderneiros de plantão. Isso não tem outro jeito a não ser a severidade nas atitudes a serem tomadas pelas autoridades.
Técnicos e técnicos já foram demitidos e readmitidos, mandam embora de novo e tudo com o apoio dos atletas que não deveriam nem se meter nisso.
O futebol está insustentável, com os salários surreais diante da economia que se pagam aos jogadores medalhões que, infelizmente, não trazem resultados e não fazem jus aos R$ 400 mil, R$ 500 mil, R$ 800 mil de salários que ganham por mês.
Tem jogador da base que está em boa fase. Usem a base! Tenham coragem! Apostem enquanto há tempo. O trabalho com os meninos tem que gerar frutos.
O torcedor não pode ser feito de "palhaço". Eles pagam mensalidade de sócio todo mês, com toda dificuldade. Deixam de sair com a família e pagam passagem do ônibus para ir ao estádio em dia de jogos. Ficam sem o lanche durante as horas dispensadas para assistir à partida de futebol do time do coração. Quem apoia não merece esta falta de interesse, de profissionalismo, de comprometimento...
Agora, mais um capítulo dessa novela interminável de 2019. Sai Abel e vem Adilson. Mudança de novo? A raiz do problema não é só essa.
Cruzeiro é grande demais e pode anotar: se o tombo vier não será tranquilo.
Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro